O Catolicismo Militante Em Minas Gerais: Aspectos Do Pensamento Histórico-teológico De João Camillo De Oliveira Torres Revista Brasileira De História Das Religiões

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O Catolicismo Militante Em Minas Gerais: Aspectos Do Pensamento Histórico-teológico De João Camillo De Oliveira Torres Revista Brasileira De História Das Religiões

Por isso, as contestações ao sistema e ao poder católico não eram comuns no auge do feudalismo.  https://meulink.has.coffee/mrxvsh2s  cristãos ortodoxos se separaram da Igreja Católica no ano 1054 com o cisma de Cerulário, mantiveram a sucessão apostólica e, por isso, têm válida a celebração dos Sacramentos. Cada comunidade tem o seu Patriarca (Jerusalém, Grécia, Istambul, Rússia, etc.) e não em um único chefe de todos.

ver detalhes  teórico, nos inspiramos em especial nas concepções de Roger Chartier e Michel de Certeau, por elucidarem que o conceito de cultura tem sido delineado especialmente a partir das posições e dos fazeres intelectuais constituintes das arenas disciplinares que a ele se dedicam. Como metodologia, realizamos uma discussão bibliográfica a partir das principais obras e autores do campo da história, sociologia antropologia debruçados sobre a religiosidade católica no Brasil. O texto evidencia que a análise das realidades sociais do Brasil e do hibridismo cultural que as perpassam foram determinantes para se classificar como popular a religiosidade católica que transcende os espaços institucionais.

Revista Educação Em Questão


Em se tratando de moralização de condutas, as intenções de protestantes, católicos e maçons não eram tão díspares quanto podem parecer numa análise estreita. Os ultramontanos buscavam com disposição instilar o rigor disciplinar entre os trabalhadores imigrantes tendo em vista a composição de uma nova ordem social, um tanto quanto ameaçada pelos ideais políticos anarquistas, dos quais os italianos não estavam distantes. Em Tão longe tão perto, ficam claras as lições atuais ditadas pela historiografia nesse início do século XXI e não ignoradas pela autora. Uma delas é tentar apreender o que dizem os autores discutidos, reconhecendo que eles possuem uma competência própria para analisar sua situação. Outra infl uência marcante do texto – esta já com referência explícita em trechos da obra de Domingues e não necessariamente distante da proposta acima referida – está em seguir a trilha do movimento intelectual conhecido como linguistic turn, ou virada linguística. Compreendendo os pressupostos dessa corrente, Beatriz Domingues consegue perceber os escritos jesuíticos e não jesuíticos dos Setecentos – sejam eles a favor ou contra o papel dos inacianos – longe dos maniqueísmos muito comuns na historiografia, tais como “pombalismo X jesuitismo”, “ilustração X escolástica”, “razão X religião”.





No entanto, também na discussão sobre o tamanho dessa vertente católica, ponderamos que nunca houve no Brasil pesquisas que pudessem apontar estatisticamente um número confiável, mesmo que aproximado, da quantidade de católicos vinculados às CEBs. Portanto, não podemos afirmar concretamente que o cristianismo da libertação mantém sua força por meio das comunidades de base. Se há incertezas quanto aos números referentes aos carismáticos, com relação aos cristãos da libertação a dúvida é ainda maior. Diante das leituras apresentadas acima, avaliamos que, mesmo com o aumento da concorrência no mercado de bens de salvação, o catolicismo se apresenta com força na disputa pela preferência dos fiéis. Nesse sentido, é preciso aprofundarmos o debate, discutindo até que ponto o declínio da instituição corresponde à diminuição da influência da cultura católica na sociedade brasileira e no campo religioso.

A Igreja De Roma Como Santa Sé Formadora Da Igreja Católica Brasileira


Dito isto, constata-se, é preciso posicionar as ocorrências como parte de um conjunto de ações e da mobilização de recursos integrados para o fortalecimento da identidade nacional em associação ao catolicismo. Do mesmo lado Mainwaring , estudioso das artes, caracterizou a atuação da Igreja nessa fase pelas “[...] adaptações institucionais aos desafios de existir numa república secular [...]. Para ele, a visão e as ações da mesma tiveram precedentes, contudo, concordando com Azzi, não seria antes do decênio de 1920 que esse novo modelo de Igreja, da neocristandade, viria a florescer”40.

  • De fato, a intelectualidade católica agrupada realizou uma forte campanha em prol das emendas religiosas74.
  • Nessa mesma época, a Igreja reafirmou suas concepções de fé por meio da Contrarreforma, a instalação da Inquisição e a expressiva participação na conversão das populações nativas encontradas no continente americano.
  • Em curso, o Estado pareceu não fazer distinção entre o que era crime e o que era dissidência política, entre protesto e revolução.
  • Nesse tempo, a igreja acusou os métodos de ensino nas disciplinas filosóficas e a “inqualificável doutrina do comunismo”, com os responsáveis por enganar e corromper a juventude, dando “[...] o veneno da serpente [...] da Babilônia”27.
  • Para tanto, foi realizada uma pesquisa de bases etnográficas com os católicos da comunidade tricentenária de Brumal , buscando-se observar as diferentes constituições corporais e os diferentes usos do corpo durante as manifestações dessa comunidade de fé.